A matéria publicada na revista “Isto É”, edição nº 2002, de 2008, “Engenharia Civil é uma das áreas mais promissoras do momento" ainda é atual, quando se verificava que a procura pelos novos profissionais já se fazia dentro das faculdades.
E este número tende a crescer. Segundo cálculo do Diretor da Poli (USP), José Roberto Cardoso, cada US$ 1 milhão investido pelo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) implica a criação de uma vaga de engenheiro. Se o governo federal repassar os R$ 500 bilhões (cerca de US$ 294 bilhões) por meio do programa por ano, até o fim de 2011, como foi prometido, em quatro anos serão necessários mais 294 mil novos profissionais.
O Brasil forma, hoje, 26 mil engenheiros por ano. Aproximadamente 30% são civis. É pouco se pensarmos que a Coréia do Sul e o Japão formam 80 mil cada um e a Índia, 150 mil todo ano. “Precisávamos formar pelo menos três vezes mais” diz Cardoso. Segundo Cardoso, da Poli, o crescimento da construção civil no País deve muito a países asiáticos, como a China, que se tornaram fortes importadores de ferro, cimento e vergalhão.
No mercado interno, o professor do curso de Engenharia Civil da USP, Mário Senatore, aposta nas grandes obras do PAC. Para tanto, porém, é preciso de mais mão-de-obra capacitada. “O Brasil tem 2,48 engenheiros por mil habitantes, número muito inferior ao dos países desenvolvidos.”
Localmente, na região cacaueira, novos projetos, como o Complexo Porto Sul, são apostas de que, brevemente, a demanda por profissionais de todas as engenharias será ainda maior. O que torna a criação das novas engenharias da UESC ainda mais importante.
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